Manuel José d’Arriaga Brum da Silveira, de seu nome completo, nasceu na cidade da Horta a 8 de Julho de 1840, no seio de uma das mais ilustres famílias locais, filho de Sebastião d’Arriaga Brum da Silveira e de Maria Cristina Pardal Ramos Caldeira d’Arriaga. O solar dos Arriagas, ou melhor, o que resta dele, é hoje pertença da Diocese de Angra e situa-se na Rua d’ O Telégrafo, em estado de grande deterioração.
Em 1911 foi eleito deputado às Constituintes e António José de Almeida propôs o seu nome para Presidente da República. Aos 71 anos entra para a História como o primeiro Presidente Constitucional da República Portuguesa, eleito no Parlamento com 121 votos, contra 86 do seu concorrente, Bernardino Machado.
Para além de político, advogado e professor, Manuel d’Arriaga foi ainda Reitor da Universidade de Coimbra, escritor e poeta com várias obras publicadas (Contos Sagrados, Irradiações, Canto ao Pico), onde se revela uma alma pura, ingénua e romântica e um espírito religioso e idealista. Toda a sua obra escrita encontra-se em depósito na Biblioteca Pública e Arquivo da Horta.